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CIDADES Quinta-feira, 18 de Agosto de 2022, 14:32 - A | A

Quinta-feira, 18 de Agosto de 2022, 14h:32 - A | A

ALDEIA 'KUIKURO'

Superintendência Indígena de Mato Grosso participa do ritual Kuarup no Xingu

O ritual Kuarup acontece uma vez a cada ano, cujo significado para os índios são a despedida dos mortos e encerramento do período de luto.

Redação

O Superintendente de Assuntos Indígenas de Mato Grosso, Agnaldo Santos, participou nesse último final de semana, do Kuarup, na aldeia 'Kuikuro', no Alto Xingu, com o apoio total do Governo do Estado e da primeira-dama, Virgínia Mendes.

O Kuarup é um dos rituais mais importante da tradição dos povos indígenas, que celebra a memória dos mortos e libera suas almas para o mundo espiritual.

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Nesse ano o Kuarup homenageou o cacique Urissapa Tabata Kuikuro, um das maiores lideranças indígenas do Alto Xingu.

“Poder participar desse momento especial, é uma honra!

O cacique Tabata, foi o primeiro cacique que conheci, e desde então criamos uma amizade forte.

Poder homenagear esse grande amigo, no kuarup, é de uma epopeico, importância para mim”, disse o Superintendente.

O cacique Tabata, que era conhecido por ser o primeiro a acreditar na educação e querer levar escolas para a aldeia, quando todo mundo era contra, conseguiu após muita luta implantar uma unidade escolar no seu povoado, assim podendo dar aos povos indígenas a oportunidade de ter acesso ao conhecimento.

Além disso, quando sua esposa teve filhos, Tabata, tendo como base a crença de que partos múltiplos são sinais de mal agouro, não aceito que seus filhos fossem mortos. Já que, eles são vistos como perigosos e, segundo os índios, poderiam trazer males e doenças.

No Brasil, há em algumas etnias indígenas a prática do chamado “infanticídio” indígena que consiste no homicídio ou abandono de crianças na mata, em razão de serem portadoras de alguma deficiência física ou mental, gêmeos ou filhos de mães solteiras.

Com o seu ato de coragem, Tabata conseguiu criar seus filhos no município de Canarana-MT, e só após ao desempenho, que outros indígenas começaram também a criar os seus filhos.

“A história do meu amigo, Tabata, é de muita força, garra e luta. Um homem que lutou pelos seus filhos e pela sua aldeia, e poder celebrar o teu nome, é uma honra imensurável”, disse Agnaldo Santos, Superintendente de Assuntos Indígenas de Mato Grosso.

Tabata que era o segundo cacique da maior aldeia do território indígena do Xingu, deixou 12 filhos, sendo dez com a primeira esposa e dois com a segunda.


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