13 de Janeiro de 2025

ENVIE SUA DENÚNCIA PARA REDAÇÃO
logo

CIDADES Terça-feira, 29 de Dezembro de 2020, 12:40 - A | A

Terça-feira, 29 de Dezembro de 2020, 12h:40 - A | A

BIBLIÓCA

Primeira biblioteca indígena de MT possibilita difusão de conhecimento e vivências

Redação

Há pouco mais de uma semana, Mato Grosso conta com sua primeira biblioteca de temática do indígena. Instalada no distrito de Fontanillas, em Juína, a 735 quilômetros a Noroeste de Cuiabá, a BibliÓca foi inaugurada no dia 19 de dezembro para preservar e difundir a cultura e o conhecimento da etnia Rikbaktsa.

A Biblioteca foi implantada com recursos do edital da Rede de Pontos de Cultura da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), numa parceria entre a prefeitura de Juína e a comunidade indígena. O prédio, que foi construído pelos próprios indígenas com o suporte do curso de arquitetura da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mantém a arquitetura tradicional da comunidade e leva o nome de Nelson Mutzie, liderança Rikbaktsa que coordenava a construção e que morreu recentemente vítima da Covid-19. 

Reconhecida como um ambiente de difusão de conhecimento e vivências, a BibliÓca é um ponto de concentração de publicações e pesquisas sobre os índios Rikbaktsa que estão espalhadas nos ambientes acadêmicos e institucionais. O acervo conta também com conteúdo especializado em temas dos povos indígenas do Brasil, como política indigenista e questão ambiental, além de dicionários e livros na língua Rikbaktsa.

O espaço, que integra o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Mato Grosso, é composto ainda por galeria de memórias do povo Rikbaktsa, redário literário, laboratório de informática com acesso à internet e por um espaço para comercialização de artesanatos, propiciando geração de renda às comunidades locais. 

 

“Nós da Secel nos orgulhamos por termos contribuído para a implantação da BibliÓca. É um projeto bastante significativo que ajuda a difundir as expressões culturais indígenas para além dos limites das comunidades, possibilitando aprendizado e respeito à diversidade étnica”, ressalta o secretário adjunto de Cultura da Secel, José Paulo Traven.

Com entrada gratuita e aberto ao público em geral, o local é ponto de referência para visita e contato específico com a cultura indígena. O projeto planejado com a participação da comunidade visa dar visibilidade à história do povo Rikbatsa e tem potencial para se tornar um ponto turístico do distrito de Fontanillas, que fica a 45 km de Juína, e é cortado pelo majestoso rio Juruena.


Comente esta notícia

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Tangará Online (tangaraonline.com.br). É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Tangará Online (tangaraonline.com.br) poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.


image