Mato Grosso está em alerta devido ao aumento nas notificações de casos suspeitos para dengue, zika vírus e febre chikungunya.
De acordo com o último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, 109 municípios estão classificados como alto risco de dengue – com incidência de mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Para o zika vírus são dois municípios com alto risco de transmissão e também dois para Chikungunya.
Neste ano, até o dia 6 de dezembro, já foram notificados 45.608 casos de dengue, sendo 29.630 confirmados, 47 deles graves e 17 óbitos confirmados. Outros três óbitos seguem em investigação. Neste mesmo período no ano passado o risco era médio, com 9.669 casos confirmados e quatro mortes.
Em relação ao zika vírus são 782 casos suspeitos no Estado, sendo que em 2019, neste mesmo período, foram registradas 404 notificações. Já o registro de febre chikungunya diminuiu: neste ano são 757 e ano passado foram 913.
Diante do aumento no número de casos notificados, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça o alerta para a intensificação das ações de prevenção e controle das doenças nos 141 municípios mato-grossenses, especialmente nos municípios classificados como alto risco de dengue.
Tangará da Serra, de acordo com o Boletim Epidemiológico da SES, foram notificados neste ano 1.449 casos de dengue, 74 de zika e 9 de febre chikungunya. Neste mesmo período, em 2019, foram 469, 15, 11, respectivamente.
Já a região Médio Norte contabiliza 4.036 notificações de casos de dengue, 238 de Zika e 332 de febre chikungunya, com maior incidência em Tangará da Serra (dados acima) e Campo Novo do Parecis. Neste foram notificados 1.430 casos de dengue (ano passado foram apenas 122), 159 de zika (11 em 2019) e 233 de febre chikungunya (86 ano passado), além de uma morte por dengue confirmada.
As outras mortes foram confirmadas em Alta Floresta, Brasnorte, Cáceres, Carlinda, duas em Chapada dos Guimarães, Lucas do Rio Verde, duas em Novo Mundo, Peixoto de Azevedo, Primavera do Leste, Rondonópolis, quatro em Sinop, União do Sul, Vera e Várzea Grande, totalizando 17 óbitos confirmados.
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País registra quase 1 milhão de casos da dengue
REDAÇÃO DS / Assessoria
O Ministério da Saúde lançou em novembro uma nova campanha oficial do governo federal de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O slogan da campanha “Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo” e foca no combate aos focos de proliferação do inseto.
Segundo o governo federal, o Brasil já registrou quase 1 milhão de casos da dengue em 2020. Até 14 de novembro, foram registrados 971.136 casos da doença no país. As maiores taxas de incidência foram registradas nos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Ao todo, 528 pessoas morreram de dengue, sendo que 77% dessas mortes (401) estavam concentradas em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Os dados ainda podem ser atualizados, registra o Ministério da Saúde.
A chikungunya também é transmissível pelo Aedes aegypti. Segundo o MS, foram 78.808 casos da doença no país até 2020, com concentração nos estados acima de dois terços nos estados da Bahia e do Espírito Santo. Vinte e cinco pessoas morreram com a doença.
Em 2019, o Brasil registrou 1.544.987 casos da doença, de acordo com as estimativas oficiais. O verão, sobretudo após o início da temporada de chuvas, aumenta o estado de alerta para os focos de proliferação do mosquito, sobretudo superfícies com água parada.
CAMPANHA - O Ministério da Saúde traz duas peças publicitárias: a primeira focando na prevenção ao acúmulo de água parada; e na segunda fase, a intenção será divulgar sintomas e tratamento para as doenças, dengue, a Zika e a chikungunya.