As medidas emergenciais adotadas pelo SAMAE ao longo das últimas semanas para garantir o abastecimento de água à população serão reduzidas ao longo da semana. Isso porque as chuvas que caíram sobre Tangará da Serra trouxeram certo alívio e as represas do Rio Queima Pé já possuem um volume considerável de água, suficiente para abastecer a cidade na forma de rodízio.
A captação de água do Córrego Russo, por exemplo, que é feita através de uma tubulação cedida pela UISA (Usinas Itamarati), até a região da ETA Queima Pé, é uma das medidas que serão encerradas até o final de semana.
Ainda de acordo com o SAMAE, a distribuição de água por caminhões-pipa e a disponibilização de poços artesianos para a coleta de água em caixas, tambores e outros recipientes, também será finalizada.
Todavia, a autarquia alerta: a distribuição de água na forma de rodízio continua.
Ou seja, os bairros receberão água de acordo com medida adotada há cerca de 40 dias, quando ficou decidido que parte da cidade receberia água tratada em dias ímpares e o restante em dias pares.
“Conseguimos chegar aos 240 litros de água tratada por segundo e isso está nos dando um percentual positivo para abastecimento alternado de rede, mas ainda não é o normal e ainda não é a consolidação, por isso a gente ainda está mantendo e vai manter a alternância do abastecimento”, disse ao Bom Dia MT, da TVCA, o diretor do SAMAE, Marcel Berteges, pedindo para que a população mantenha o consumo consciente.
Crise hídrica
Tangará da Serra enfrenta em 2020 uma de suas maiores crises de abastecimento de água. Moradores de bairros já relatavam falta d’água desde o mês de agosto, mas a situação tomou proporção alarmante a partir da segunda quinzena de novembro, logo após a eleição municipal.
Várias medidas foram adotadas para minimizar os impactos para a população, como a distribuição de água em caminhões-pipa, disponibilização de poços artesianos para os moradores buscarem água e canalização do Córrego Russo, localizado a cerca de 6 km da ETA Queima Pé.