Luciano Marcio do Nascimento, 42 anos e Fernando Batista da Silva, 33 anos, são os dois funcionários atingidos pelos rejeitos de uma barragem da VM Minerações, que rompeu na manhã desta terça-feira (01), na região da cidade de Nossa Senhora do Livramento (38 quilômetros de Cuiabá). Eles foram resgatados por colegas, após ficarem presos na lama. Os dois já receberam alta do hospital municipal.
O hospital informou ao Olhar Direto que os dois funcionários deram entrada na unidade pouco depois das 08 horas. Ambos estavam completamente sujos de lama. Luciano reclamava de dores nos membros superiores e falta de ar. Já Fernando tinha escoriações, falta de ar e dor nos olhos.
Os dois foram atendidos no hospital e liberados logo em seguida. Eles foram acompanhados pelo gerente da empresa e outra funcionária.
Ambos relataram que tudo aconteceu muito rápido. Eles estavam trabalhando quando o estouro da barragem aconteceu. Colegas de serviço ajudaram a retirar os dois do meio da lama.
A barragem, que fica a cerca de 30 quilômetros de Nossa Senhora do Livramento, é considerada de baixa categoria de risco e baixo dano potencial. No cadastro nacional, o empresário Marcelo Massaru Takahashi aparece como o empreendedor. Ele é sócio da VM Minerações.
O prefeito da cidade, Silmar de Souza, confirmou ao Olhar Direto que as primeiras informações apontavam que a barragem pertence a Marcelo Takahashi.
O caso
Uma barragem se rompeu na região da cidade de Nossa Senhora do Livramento (38 quilômetros de Cuiabá), na manhã desta terça-feira (01). O prefeito da cidade, Silmar de Souza, relatou à reportagem que um morador da região foi quem trouxe a primeira informação do rompimento da barragem. A mesma pessoa também afirmou que perdeu pelo menos parte de seus animais por conta da tragédia.
A região é conhecida como 'brejal'. No total, existem de quatro a cinco comunidades no local.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) informou que uma equipe, em conjunto com a Agência Nacional da Mineração (ANM), está em Nossa Senhora do Livramento para avaliar os impactos ambientais de rompimento de barragem de mineração.
Ainda conforme a pasta, o empreendedor comunicou o ocorrido à Sema e aos demais órgãos de controle e relatou que já tomou as primeiras providências, como a construção de diques de contenção.