Áudios que circulam no Whatsapp com ameaças aos dois acusados de espancar e torturar um mecânico em Tangará da Serra são creditados a detentos da cidade e da região. Gustavo Henrique Albanez, 20, e Jonny Marlon Camargo de Souza, 22, foram presos nesta terça-feira, 08.
Os áudios que viralizaram nos aplicativos de mensagens seriam de presos e membros de facções ameaçando a dupla, que praticou crime que gerou repercussão e revolta em todo estado e no país.
Nas gravações, os homens, supostamente, se organizam para fazer “justiça com as próprias mãos” contra Gustavo e Jonny. Eles foram presos ontem em cumprimento a mandados de prisão preventiva decretados pela 2ª Vara Criminal de Tangará da Serra.
Gustavo foi preso num hotel na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. Já Jonny, estava escondido numa fazenda na região de Tangará. Policiais não descartam que ambos estavam planejando fugir.
“Ontem nois ia pegar ele de pau, a gurizada já se organizou para esse de azul tomar um pau daquele modelão mesmo, tá ligado”, comenta um dos homens.
O áudio faz referência a Gustavo. Ele vestia azul no vídeo onde aparece espancando a vítima. “Conheço v…, o bagulho já está louco no nome dele aqui, nós vamos estourar esse de azul aqui”, diz outro áudio.
A Polícia não confirma que esses áudios tenham surgido de dentro das unidades prisionais, mas também não descarta a hipótese. Isso porque, desde que o vídeo repercutiu em todo Estado, diversas ameaças aos jovens surgiram em aplicativos de mensagens e nas redes sociais.
Ouça os áudios abaixo:
Vídeo chocante
O vídeo que circulou nas redes sociais mostra o momento em que a vítima era humilhada e espancada por outro em uma oficina e causou grande comoção entre os moradores da cidade e de todo o estado.
O motivo das agressões seria o atraso de pagamento de uma dívida de R$ 500. Nas imagens, é possível ver que o homem que o espanca quebra uma garrafa de cerveja na cabeça da vítima.
Em dado momento, as agressões aumentando e o “cobrador” passa a agredir o mecânico com diversos tapas no rosto, socos e chutes.
O comparsa que filmava a ação incentivava as agressões. “Não adianta chorar”, diz.