O final de ano ainda pode ser magro para o setor de academias em Cuiabá. O segmento permanece sob constante insatisfação com o poder publico municipal, do qual impõe ainda restrição de horário devido à pandemia. De acordo com a Associação Brasileira de Academias (Acad) em Mato Grosso, o setor apresenta melhoras nos quadros de funcionários e de alunos, porem esta distante do que era no mesmo período do ano passado, ainda mais com a chegada do final de ano.
“Historicamente o número de alunos tende a aumentar com a chegada das festas de final de ano, são pessoas que buscam por uma disposição melhor, corpo mais tonificado, e mesmo para aquelas eu precisam se manter mais saudáveis diante de complicações médicas. Porem com horário restrito, principalmente no horário pós almoço, as academias estão com dificuldades de absorver esse público, não é possível que a prefeitura de Cuiabá acredite que a Covid 19 seja transmitidas das 14h as 16h, não entendemos essa política restritiva. No Estado de Mato Grosso são aproximadamente 1.000 academias em Cuiabá são aproximadamente 300, algumas nem conseguiram voltar, faliram, mas esta é uma dura realidade apenas em Cuiabá que mantem essa política irracional”, desabafa Celso Mitsunari, representante da Acad Brasil.
Em Cuiabá as academias representam o segmento que mais tempo permaneceu sob total restrição, mesmo sendo considerada uma atividade essencial por parte do governo brasileiro. Um dos maiores empresários do segmento Fitness de Mato Grosso, Amir Maluf, pondera sob o ponto de vista econômico e trabalhista com a restrição.
“Todo o setor fitness é penalizado, o custo em manter o funcionamento ficou mais elevado, pois matemos um rígido protocolo de biossegurança e isso exige mais profissionais de limpeza e atendimento. De outro lado o número de alunos diminuiu com restrição de um horário muito importante, e ainda trás transtornos as empresas, pois os funcionários ficam impedidos de trabalharem das 14h até às 16h.
Todas essas implicações não permitiu até o momento a recuperação financeira do setor que amargou meses de fechamento e teve a maior crise histórica”, defende Amir Maluf.
Antes da pandemia o setor emprega no Estado mais de 4,5 mil profissionais da área da saúde, apenas nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, e as demissões superaram a casa dos 40%”, contabiliza Celso Mitsunari.