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CIDADES Sexta-feira, 27 de Novembro de 2020, 09:21 - A | A

Sexta-feira, 27 de Novembro de 2020, 09h:21 - A | A

CRISE NA PANDEMIA

Academias cobram retomada de horário de funcionamento normal

Mídia News

Após permanecerem fechadas por quatro meses e retornado em agosto com muitas restrições, as academias de Cuiabá seguem vivendo em um cenário de crise na pandemia.

 

As empresas alertam a Prefeitura para que retire as restrições de horários. Segundo as academias, a medida vem prejudicando o setor, que já está fragilizado.

Em entrevista, o representante da Associação Brasileira de Academias (Acad) em Mato Grosso, Celso Mitsunari, falou sobre este momento de crise que vem afetando diretamente tanto os proprietários quanto os funcionários. Segundo ele, desde o início do isolamento social houve diálogo com vereadores e deputados para ajudar o setor.

Foi em uma dessas reuniões que Celso Mitsunari conseguiu linhas de crédito para os donos de academia. As linhas continuam sendo válidas para todos os proprietários de academias do Estado, que podem buscá-las no site do Desenvolve MT.

Após o esforço para manter certa estabilidade no setor, o representante se diz frustrado pela permanência das restrições de horário enquanto shoppings e outros estabelecimentos voltaram a funcionar normalmente.

 

“O último decreto permite que as academias abram das 6h às 14h e reabram das 16h às 21h. Não é possível que a Prefeitura de Cuiabá acredite que a Covid seja transmitida nesse intervalo das 14h às 16h”, afirma.

De acordo com o representante, a opção de horário sem restrição incentiva o rodízio maior dos clientes na academia, evitando que eles se concentrem em um só período do dia pela limitação do tempo.

A crise continua

Existem mais de mil academias espalhadas por Mato Grosso. Em Cuiabá cerca de 300 estabelecimentos eram contabilizados antes do início da pandemia. Todos pararam em março e retornaram apenas em agosto.

Celso Mitsunari diz que os que mais sofreram foram os proprietários de pequenas academias, já que as médias e grandes conseguiram acesso a linhas de crédito.

“Imagine ficar quatro meses fechado, sem entrar receita. E ainda quando você reabre precisa investir nos critérios e protocolos de segurança”, diz.

A falta de receita, os investimentos em distanciamento, protocolos de higiene são alguns dos motivos apontados pelo representante da Acad para o declínio dos empreendedores do setor fitness regional. Mitsunari ainda afirma que aqueles que conseguiram sobreviver e se mantêm abertos ainda correm risco de fechar.

Segundo ele, o nível de gravidade da crise nas academias é visível até em um dos períodos considerados de maior movimento pelos proprietários dos estabelecimentos, que é o final de ano e início do verão.

No entanto, a realidade é que o começo de dezembro está chegando e Mitsunari já aponta uma queda de aproximadamente 35% no número de clientes se comparado com o mesmo período do ano passado.

“As pessoas ainda estão com receio, e com insegurança”, afirma ele. Essa falta de alunos faz com que seja preciso fazer cortes de despesas, por isso o representante explica que donos de academia precisaram demitir parte de suas equipes.

Antes da pandemia o setor empregava no Estado mais de 4,5 mil profissionais da área. Mitsunari acredita que somente em 2022 o setor volte ao normal. No entanto, alerta que a Prefeitura tome atitude para acabar com as limitações de horário do setor que, segundo ele, foi o que permaneceu mais tempo com restrições.


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